Ilhéus vai disponibilizar terreno para construção de galpão para reciclagem
O vice-prefeito de Ilhéus, Carlos Machado (Cacá) recebeu, na manhã desta quarta-feira, 21, representantes do Pangea - Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), de Salvador, e da Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis de Ilhéus (Coolimpa) com o objetivo de definir as ações necessárias para construção do galpão da Coolimpa. Na oportunidade, Cacá lembrou que o prefeito Jabes Ribeiro já desapropriou uma área localizada à margem direita da Rodovia Pontal/Buerarema (estrada do Couto).
A medida é tida como essencial para a liberação, pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa), de equipamentos de trabalho para os coletores no valor de 300 mil reais. No local, será instalada a sede da Cooperativa, onde deverá ser construído um galpão para armazenamento, triagem e comercialização dos resíduos sólidos.
Entretanto, segundo Cacá, o processo ainda se encontra na fase de transferência de posse do terreno desapropriado pelo Município para a Coolimpa. “Só que o Cataforte III, projeto da Secretaria-Geral da Presidência da República que aprovou investimentos de mais de 300 mil reais para Ilhéus, vai expirar em dezembro deste ano e exige a existência de um galpão legalizado”.
Participaram do encontro, entre outros, os secretários municipais de Desenvolvimento Social, Jamil Ocké, e de Relações Institucionais, Frederico Vesper, o vereador Josevaldo Machado, a presidente da Coolimpa, Deuzimeire Souza, e os representantes do Pangea, o economista Luis Carlos de Andrade e o gestor ambiental Marcelo Neves.
Para que os trabalhadores não percam esses equipamentos, o que já aconteceu em 2007, o grupo de trabalho vai sugerir ao prefeito Jabes Ribeiro a locação de um terreno e, com o auxílio de parceiros, a consequente construção de um galpão provisório. “Tudo isso até que o processo de transferência de propriedade da área desapropriada seja efetivado”, concluiu o vice.
Cataforte III - O Cataforte visa possibilitar a inserção de cooperativas no mercado da reciclagem e, com isso, fomentar a agregação de valor na cadeia de resíduos sólidos. O projeto é uma parceria entre a Secretaria Geral da Presidência da República, Fundação Banco do Brasil, Ministério do Trabalho e Emprego, Ministério do Meio Ambiente, Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Petrobras e Banco do Brasil.
No Cataforte III, a Coolimpa se encontra contemplada com equipamentos que passam dos 300 mil reais. Entre os diversos itens disponibilizados, destacam-se duas balanças eletrônicas, três prensas hidráulicas verticais, uma prensa hidráulica horizontal, quatro carrinhos de plataforma, quatro mesas de separação, uma empilhadeira, uma esteira transportadora de 10 metros e uma esteira transportadora de 20 metros.
Fortalecer - “O Cataforte III visa fortalecer as redes de catadores de materiais recicláveis. Só que, para isso, as cooperativas precisam encontrar-se estruturadas, o que inclui a construção de um galpão e a existência dos equipamentos básicos”, comentouo economista Luis Carlos de Andrade.
Coolimpa – Atualmente, a Coolimpa (Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis de Ilhéus) possui 80 cooperados. “Desses, 25 trabalham nas ruas com o objetivo de recolher diariamente o material reciclável nos pontos previamente estabelecidos”, informa a presidente Deuzimeire Souza.
A presidente acrescenta que o passo seguinte é levar todo o material coletado para uma empresa sediada no Iguape, zona norte, que realiza a compra. “No futuro, todavia, quando tivermos o nosso galpão e todos os equipamentos necessários, seremos responsáveis por todo o processo, incluindo o recolhimento, a separação e a comercialização final”, afirma.